Portugal
sempre viveu entre dois ditados:
"Quem
não arisca não petisca." e
"Mais
vale um pássaro na mão que dois a voar."
Devido às características da população
portuguesa, em particular o inverno demográfico, a apetência para arriscar é
reduzida. O resultado é o que já dizia Miguel Torga:
"É
um fenómeno curioso: o país ergue-se indignado, moureja o dia inteiro
indignado, come, bebe e diverte-se indignado, mas não passa disto. Falta-lhe o
romantismo cívico da agressão.
Somos, socialmente,
uma colectividade pacífica de revoltados."
Fartos deste marasmo, lançamos este
projecto. O objetivo é apresentar um novo modelo de governação do país, não uma
IV República, mas sim aproveitar as bases lançadas pelo processo democrático
iniciado em 25 de Abril de 1974 e alcançar o desenvolvimento esperado, em
particular após adesão à antiga CEE, atual UE.
Esse
desenvolvimento, num mundo competitivo, não é compatível com a ideia de mais
vale um pássaro na mão que dois a voar, porque (in)felizmente se não
procurarmos melhorar as nossas condições e posicionamento, acabaremos sem
dinheiro para comprar alpista para o passarinho.
Não
pedimos a todos os portugueses que voltem a arriscar como os primeiros
navegadores, mas que aceitem que manter o status quo acabará
por definhar o país, tornando-o moribundo.
Vamos
então alterar o nosso contexto, somos capazes de fazer melhor, e para isso
basta ver as posições de relevo ocupadas por portugueses por este mundo fora,
só precisamos alterar as regras do jogo na nossa Terra Natal, o milenar
território lusitano.
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